Em entrevista ao o jornal israelense Yedioth Ahronoth, Suha Arafat, viúva de Yasser Arafat – líder histórico da Autoridade Palestina, Organização para a Libertação da Palestina e partido Fatah – declarou assertivamente que a Segunda Intifada foi um “erro”.
A viúva alegou ainda que Israel não foi responsável por envenenar e assassinar seu marido, em 2004, e sugeriu que Arafat recaiu ao “terrorismo”, ao envolver-se no levante palestino, a partir de setembro de 2000 – também conhecido como Intifada de Al-Aqsa.
“Yasser Arafat definitivamente foi envenenado”, reiterou Suha ao jornal israelense, porém, ao imputar a culpa a “palestinos e não israelenses”.
Prosseguiu: “Todos acreditavam que Israel era culpado, mas não quero acusá-lo. Sempre disse que era muito fácil culpar Israel e não penso que foram os israelenses que mataram Arafat”.
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Segundo a viúva, Arafat ficou bastante abalado pelo assassinato do ex-premiê israelense Yitzhak Rabin. “Yasser realmente entrou em luto pela morte de Rabin, mas estava obcecado pelo ódio contra Ariel Sharon”, declarou, em referência ao então primeiro-ministro sionista.
Em 1993, Yasser Arafat assinou os acordos de Oslo, que efetivamente cederam 78% do território da Palestina histórica ao controle da ocupação israelense. Em novembro de 2004, aos 75 anos, o líder palestino faleceu em um hospital na França.
Investigações jamais determinaram definitivamente a razão de sua morte, levando a diversas teorias sobre o incidente, sobretudo ao acusar Israel de envenená-lo via agentes do serviço secreto Mossad.