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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Viúva de Arafat diz que foi mal interpretada ao culpar palestinos pela morte do marido

Líder palestino Yasser Arafat é acompanhado por sua esposa, Suha, para fora de seu complexo na Cisjordânia ocupada, para embarcar em um helicóptero à França, onde seria tratado para uma doença desconhecida, em Ramallah, 29 de outubro de 2004 [Hussein Hussein/Getty Images]
Líder palestino Yasser Arafat é acompanhado por sua esposa, Suha, para fora de seu complexo na Cisjordânia ocupada, para embarcar em um helicóptero à França, onde seria tratado para uma doença desconhecida, em Ramallah, 29 de outubro de 2004 [Hussein Hussein/Getty Images]

Suha Arafat, esposa do falecido presidente palestino Yasser Arafat, alegou que seus comentários recentes sobre a morte do marido e a Segunda Intifada, em entrevista recente ao jornal israelense Yedioth Ahronoth, foram retiradas de contexto.

As informações são da agência Anadolu.

“Arafat foi definitivamente envenenado, não por Israel, mas por um palestino”, declarou Suha, segundo o periódico em hebraico, na sexta-feira (1º).

Contudo, diante da repercussão negativa de sua entrevista, a viúva de Arafat alegou que suas palavras foram descontextualizadas e mal interpretadas.

“O caso de Abu Ammar [Yasser Arafat] ainda está em aberto nos tribunais. Não posso acusar ninguém de matá-lo, inclusive Israel, pois não tenho evidências”, escreveu Suha em sua página do Facebook, para tentar elucidar a controvérsia.

“Minhas declarações não mudaram desde o martírio de Abu Ammar. Mas não vou acusar ninguém sem evidências claras. Foi o que disse nesta entrevista e direi em outras”, prosseguiu.

Yasser e Suha casaram-se em segredo na Tunísia, em 1990. Na época, a noiva tinha 27 anos de idade; o líder palestino, 61 anos. A filha do casal, Zahwa, nasceu cinco anos depois.

LEIA: ‘Segunda Intifada foi um erro’, alega viúva de Yasser Arafat

Em 11 de novembro de 2004, Arafat faleceu em um hospital na França, em circunstâncias bastante suspeitas, aos 75 anos. Até hoje, médicos e peritos não conseguiram determinar a causa exata de sua morte.

A Autoridade Palestina insiste que Israel conspirou para assassiná-lo. Tel Aviv nega.

Em sua mais recente entrevista, Suha também pareceu descrever a Segunda Intifada, que deflagrou-se em 2000, como “grande erro” do líder palestino.

No Facebook, a viúva retificou:

Minha opinião de que a Intifada foi um erro deve-se ao fato de que perdemos muito e de que nossa guerra contra eles foi desigual. Não terei medo de dar minha opinião, mesmo caso distorcida, pois a verdade sempre brilha.

O levante palestino teve início em 30 de setembro de 2000, na cidade ocupada de Jerusalém, dois dias após Ariel Sharon, então líder do partido Likud, que governava Israel, invadir o complexo islâmico de Al-Aqsa.

A Segunda Intifada, conhecida também como Intifada de Al-Aqsa, durou até fevereiro de 2005, resultando em 4.412 palestinos mortos e mais de 49.000 feridos.

LEIA: Relembrando Yasser Arafat, ícone da luta palestina

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