Uma corte iraquiana emitiu ontem (7) uma ordem de prisão contra o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em fim de mandato, por ordenar a execução de Abu-Mahdi al-Muhandis, subcomandante do grupo paramilitar Forças de Mobilização Popular, e outras onze pessoas.
Al-Muhandis foi assassinado há um atrás junto de Qasem Soleimani, comandante das forças al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, e dez outros companheiros, por um ataque a drone, ordenado por Trump, perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.
O Supremo Conselho Judicial do Iraque afirmou em nota que foi incumbido de investigar o assassinato e emitiu o mandado de prisão após o juiz registrar queixas da família do falecido líder paramilitar.
A ordem de prisão inclui acusação de assassinato premeditado, que implica em pena de morte.
Ao comentar a decisão judicial, o advogado iraquiano Tariq Harb alegou que o mandado é simbólico e dificilmente será aplicado, dado que chefes de estado desfrutam de imunidade mesmo após deixarem o governo.
Na terça-feira (5), Gholamhossein Esmaili, porta-voz do judiciário iraniano, anunciou que Teerã solicitou da Interpol um alerta vermelho para a prisão de Trump, devido ao assassinato de Soleimani, em 3 de janeiro de 2020.