A província de Gafsa, no sul da Tunísia, lançou uma greve geral nesta quinta-feira (7), incluindo a suspensão das atividades na maioria das instituições públicas da região, em reivindicação pelo desenvolvimento de projetos e novas oportunidades de trabalho.
Instituições públicas e administrativas fecharam suas portas pela manhã. Profissionais de diversos setores entraram em greve e juntaram-se a cidadãos desempregados e representantes de organizações da sociedade civil na sede do Sindicato Regional do Trabalho.
As entidades em greve exortam o governo a implementar medidas previamente suspensas, promulgadas por conselhos ministeriais relacionados ao desenvolvimento de projetos locais.
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Os trabalhadores exigem ainda maior transparência no resultado de concursos públicos para integrar a Companhia de Fosfato de Gafsa (CFS), maior empresa pública do país.
Gafsa foi um dos estados mais proeminentes durante protestos contra o falecido ditador Zine el-Abidine Ben Ali, mesmo antes dos eventos que levaram à sua deposição, em 2011.
A província abriga uma bacia mineradora de fosfato, cujas greves e manifestações frequentes levaram à queda na produção para menos da metade, comparada à taxa anual de oito milhões de toneladas, antes de 2010.
O índice de desemprego em diversos distritos da província chegou a até 35% da população, quase o dobro da média nacional, estimada em 16.2%, segundo estatísticas oficiais recentes.
A Tunísia vivencia greves gerais em diversas regiões desde o fim de 2020, incluindo nas províncias de Kairouan, Baja, El-Kef, Jendouba e Tataouine.
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