Israel mobilizou as baterias dos seus sistemas de defesa aérea Domo de Ferro e Patriota em torno da cidade sulista Eilat devido às preocupações de um ataque das forças Houthi do Iêmen.
Segundo reportagem feita pela emissora israelense Kan na semana passada, o exército israelense vem se preparando para a possibilidade de um ataque vindo dos Houthis e das milícias iraquianas apoiadas pelo Irã. Esses temores aumentaram com o primeiro aniversário de assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, cometido pelos Estados Unidos, e com o recente assassinato do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, no final de novembro. Teerã culpa Israel por este último e jurou vingança.
אי שם היום בדרום הרחוק: מערך ההגנה האווירית של חיל האוויר מתגבר כוננות והיערכות באיזור אילת ובמקומות נוספים בדרום הרחוק בעקבות האיומים האיראניים לנקמה סביב יום השנה לחיסולו של קאסם סולימאני, כאשר הרמטכל אביב כוכבי דיבר באחרונה על המאמץ האיראני להתבסס גם בתימן. pic.twitter.com/hvcoae1p1d
— Or Heller אור הלר (@OrHeller) January 6, 2021
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O porta-voz do exército israelense, Hidai Zilberman, afirmou a uma agência de notícias saudita mês passado que Israel tinha informações sugerindo que o Irã estaria desenvolvendo no Iraque e Iêmen drones e “armas inteligentes” com capacidade para atingir Israel.
Esta semana, o exército iraniano realizou um exercício militar de drones em grande escala, demonstrando a sua ampla gama de veículos aéreos não tripulados (UAV) fabricados internamente, com alcances relatados de 20 km a 1.000 km.
O líder do movimento Houthi, Sayyid Abdulmalik Al-Houthi, já havia ameaçado atacar Israel e foi um forte crítico aos acordos do ano passado de normalização entre estados árabes e o estado de ocupação. Ele descreveu Israel como “o principal inimigo do mundo muçulmano” e em junho alertou a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos contra a normalização dos laços.
No ano passado, o ministro da Defesa, no governo liderado pelo Houthi com sede em Sanaa, General Mohammed Al-Atefi, afirmou que um “banco de alvos militares e marítimos” em Israel já havia sido identificado. “Não hesitaremos em atacá-los se a liderança decidir fazê-lo”, insistiu.
As autoridades Houthi também estão preocupadas com as ambições israelenses no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb, bem como com a ilha iemenita de Socotra, que está atualmente sob o controle de forças apoiadas pelos Emirados Árabes Unidos. Há relatos de planos dos Emirados e Israel para estabelecerem uma base militar conjunta na ilha.