O Egito coletou seis milhões de libras egípcias (US$383.691) em multas contra quem desrespeita ordens para uso de máscara em lugares públicos, no período de apenas uma semana, reportou a rede estatal Al-Ahram.
Mais de 125.000 pessoas foram multadas, das quais 121.000 pagaram a penalidade e 4.577 foram encaminhadas à promotoria para quitar a dívida.
Os novos índices foram anunciados logo após o Ministério do Interior do Egito declarar ter encaminhado ainda 1.112 pessoas à procuradoria pública, após recusa em pagar as cinquenta libras (US$3.19) cobradas pelo estado por não usar máscara.
Em 24 horas, outras 20.986 pessoas foram multadas por violar as recomendações e mais de 16.000 negócios foram interditados.
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Há uma semana, o governo anunciou multas e indiciamento a pessoas flagradas sem máscara em espaços públicos fechados. Trata-se de uma série de novas medidas preventivas para tentar conter a propagação do coronavírus.
Foram ainda cancelados todos os casamentos, velórios, festivais e outras reuniões de massa. O estado ordenou a indústria hoteleira a reduzir sua capacidade em 50% e lojas devem permanecer abertas em horário reduzido.
Muitos egípcios questionaram se a Ministra da Saúde Hala Zayed também seria multada, após um vídeo viralizar com sua presença em um casamento, supostamente realizado depois das novas medidas restritivas entrarem em vigor.
Zayed não usava máscara e foi flagrada cercada por uma aglomeração de convidados.
Sua performance como ministra foi duramente criticada, após Zayed negar a falta de oxigênio em hospitais do país, em resposta a um episódio trágico no qual todos os pacientes de uma ala de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 faleceram, na última semana.
Posteriormente, a ministra do regime do general Abdel Fattah el-Sisi prometeu que certas medidas serão tomadas para garantir que um episódio do tipo não volte a ocorrer.