Beny Steinmetz, magnata franco-israelense da exploração de diamantes, apresentou-se a uma corte suíça para responder a acusações de corrupção, por pagar milhões de dólares a oficiais da Guiné para obter contratos de mineração.
Steinmetz, de 64 anos, viajou de Israel a Genebra para comparecer ao julgamento que deverá durar duas semanas. O empresário negou as alegações, que remetem a franquias concedidas em meados de 2008.
Ao lado de seu advogado, o cidadão israelense declarou-se “inocente”. Porém, caso considerado culpado, Steinmetz poderá enfrentar até dez anos de prisão.
A promotoria, segundo informações da rede BBC, acusa Steinmetz de pagar cerca de US$10 milhões em propina, através de bancos suíços e outros meios, a fim de assegurar concessões públicas à exploração de minério de ferro nas montanhas de Simandou.
Segundo o indiciamento, com ajuda de Mamadie Toure, viúva do ex-Presidente da Guiné Lansana Conte, o magnata israelense forjou documentos e pagou subornos onerosos a funcionários públicos do país africano.
Toure, que atualmente vive nos Estados Unidos, é testemunha no caso e deve comparecer à audiência nesta quarta-feira (13). Caso não colabore, destacaram os advogados de Steinmetz, o julgamento poderá ser suspenso.
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