A neta do ex-sultão sudanês Ali Dinar pediu ao governo sudanês que ajude todas as famílias sudanesas que vivem em Gaza a voltar para casa, informou a RT na segunda-feira.
Com as condições de vida em Gaza se deteriorando devido ao cerco estrito de Israel e às repetidas ofensivas militares, Fatema Dinar junto a outros sudaneses que vivem em Gaza como refugiados buscam maneiras de obter um passaporte sudanês para que possam retornar à sua terra natal.
Dinar disse que seu avô viajou para a Palestina há cerca de 100 anos. Seus descendentes estão vivendo nos campos de refugiados de Jabalia e Al-Shati, bem como em Deir Al-Balah.
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Eles não possuem nenhum documento oficial de identidade, apenas um cartão de refugiado emitido pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) desde 1949. Esse status é passado de geração em geração.
“A crise da família Dinar foi amplamente escondida da mídia”, explicou Fatema Dinar. Ela observou que o status de refugiado não os ajuda a se mover ou a viajar livremente ou mesmo a retornar à sua terra natal.
Ela pediu ao governo sudanês que leve a sério a situação de sua família, ao contrário do governo do presidente deposto, Omar Al-Bashir.
O sultão Ali Dinar governou Darfur entre 1898 e 1916. Ele era conhecido como um governante justo e apoiou o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial. Ele foi morto em uma batalha feroz contra a ocupação britânica, dizem historiadores e pesquisadores sudaneses.
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