Ataques israelenses baseados em coordenadas dos EUA matam quarenta na Síria

As defesas aéreas da Síria respondem a mísseis israelenses direcionados ao sul da capital, Damasco, em 20 de julho de 2020. [STR/AFP via Getty Images]

Um relatório publicado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) na quarta-feira (13) confirmou que o número de mortos nos ataques israelenses na Síria na noite passada “subiu para pelo menos 40 com 37 feridos”.

Nove soldados do regime sírio e 31 milicianos não sírios ligados ao Irã foram mortos em ataques israelenses que tiveram como alvo campos de soldados e depósitos de munições e armas. Os acampamentos e armazéns estavam sob o controle das forças do regime, do Hezbollah libanês, de forças iranianas e milícias terceirizadas, principalmente a Brigada Fatemiyoun, localizada na área entre Deir ez-Zor e a fronteira Síria-Iraque no deserto de Al-Bukamal.

SOHR acrescentou: “Israel alvejou os armazéns de Ayyash, o campo Sa’ka, a 137ª Brigada, a montanha com vista para Deir ez-Zor e outras posições nos arredores da cidade com mais de dez ataques, levando à destruição de armazéns e militares locais, além da morte de 16 pessoas, incluindo nove soldados do regime e vários combatentes não sírios leais ao Irã”.

A ocupação lançou seis incursões a locais e depósitos de munições e armas no deserto de Al-Bukamal, resultando na morte de 11 milicianos não sírios afiliados ao Irã, além de danos materiais substanciais. Locais militares e armazéns no deserto de Al-Mayadeen também foram atacados duas vezes com mísseis, levando a 13 mortes entre combatentes estrangeiros leais ao Irã.

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A SOHR descreveu esses ataques israelenses como: “Os ataques mais intensos visando o território sírio, enquanto nenhuma resposta ou tentativa de interceptar os mísseis israelenses pela defesa aérea do regime foram relatadas, observando que Deir ez-Zor, que foi bombardeado várias vezes, está sob o controle da Rússia”.

Um alto funcionário da inteligência dos EUA que sabia sobre o ataque israelense na Síria realizado antes do amanhecer da quarta-feira disse à Associated Press que os alvos foram escolhidos com base em informações de inteligência fornecidas pelos EUA e que os armazéns na Síria foram usados como parte de um esquema para estocar e fornecer armas iranianas.

O funcionário, que falou sob condição de anonimato, acrescentou que os armazéns serviam de oleoduto para materiais de apoio ao programa nuclear do Irã, confirmando que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, discutiu os detalhes das operações com o chefe do Mossad, Yossi Cohen, em Washington, na segunda-feira.

 

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