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Capitão russo ‘chocado’ com alerta vermelho da Interpol, pela explosão em Beirute

Fumaça preta emerge de um incêndio na zona livre portuária de Beirute, Líbano, em 10 de setembro de 2020 [Haytham al Achkar/Getty Images]
Fumaça preta emerge de um incêndio na zona livre portuária de Beirute, Líbano, em 10 de setembro de 2020 [Haytham al Achkar/Getty Images]

Boris Prokoshev, capitão do navio que carregava nitrato de amônio cuja combustão levou à enorme explosão no porto de Beirute, em agosto de 2020, declarou-se “chocado” em saber que a Interpol emitiu um alerta vermelho contra ele, devido ao desastre na capital libanesa.

“Estou chocado e não consigo entender o que poderia embasar minha prisão. Poderia entender se eu tivesse transportado a carga ao Líbano, mas estávamos a caminho de Moçambique, quando autoridades libanesas nos detiveram com a carga pois os proprietários da embarcação não haviam pago taxas aduaneiras”, relatou Prokoshev.

“O que o capitão do navio tem a ver com essa questão?”, questionou, em entrevista à Reuters, na terça-feira (12), ao insistir que as autoridades portuárias de Beirute deram efetivamente pouca atenção à carga inflamável, na ocasião.

A imprensa estatal do Líbano reportou na terça-feira que a Interpol emitiu alertas vermelhos para prender o capitão e proprietário da embarcação.

A explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, confiscados do navio MV Rhosus e armazenados inadequadamente por anos no porto de Beirute, levou à morte de 200 pessoas, além de mais de 6.000 feridos e centenas de milhares de desabrigados.

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Segundo a agência de notícias RIA Novosti, o vice-presidente do Sindicato dos Marinheiros da Rússia, Igor Kovalchuk, afirmou que o pedido do Líbano à Interpol, para prender dois cidadãos russos supostamente ligados à explosão, é um esforço político para mostrar aos libaneses avanços nas investigações.

O alerta vermelho da Interpol é frequentemente visto como análogo a um mandado de prisão internacional e representa um pedido a forças policiais de todo o mundo para localizar e prender provisoriamente um indivíduo procurado, a fim de extraditá-lo ou indiciá-lo.

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