Confrontos eclodiram nesta quarta-feira entre forças de segurança e residentes palestinos no território considerado Israel, diante da chegada do premiê israelense Benjamin Netanyahu à cidade de Nazaré, segundo informações da agência Anadolu.
Centenas de palestinos, incluindo membros da coalizão de partidos árabes do Knesset, conhecida como Lista Conjunta, realizaram protestos na província setentrional, na ocasião da visita de Netanyahu a um centro de vacinação local.
Diversos manifestantes, inclusive parlamentares, sofreram ferimentos leves. A polícia prendeu nove manifestantes, reportou a emissora estatal israelense KAN.
Críticos dizem que a visita de Netanyahu, sua terceira a uma cidade árabe em apenas duas semanas, pode representar parte dos esforços do partido ultranacionalista Likud para cortejar votos da população palestina em Israel.
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A fim de angariar votos para as eleições nacionais previstas para 23 de março, Netanyahu alegou em Nazaré que uma “nova era” teve início entre cidadãos árabes e colonos judeus, em nome do bem-estar, integração e segurança.
“Cidadãos árabes devem ser plenamente integrados à sociedade de Israel”, afirmou o premiê e futuro candidato, segundo o jornal israelense Haaretz.
Israel terá de conduzir novas eleições após descumprir o prazo de 22 de dezembro para aprovar seu orçamento nacional, o que resultou na dissolução do parlamento e no início de um processo eleitoral mandatório.
Em maio de 2020, Netanyahu e Gantz decidiram compor uma coalizão de governo, após três eleições inconclusivas realizadas desde abril de 2019.
O partido governista Likud, liderado por Netanyahu, e seu parceiro de coalizão, o partido centrista Azul e Branco (Kahol Lavan), liderado pelo Ministro da Defesa Benny Gantz, não conseguiram chegar a consenso algum sobre o plano orçamentário.
Netanyahu queria aprovar o teto de gasto para 2020, mas o antigo rival insistiu em incluir o orçamento para o ano fiscal de 2021 no projeto de lei, para então ser votado no Knesset. As divergências políticas logo resultaram no colapso do governo.