O general Aviv Kochavi, chefe de estado-maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), solicitou a seus oficiais que elaborem um novo plano para atacar o programa nuclear iraniano, reportou o jornal Israel Hayom nesta quinta-feira (14).
Segundo relatos, Kochavi pediu à Diretoria Estratégica, também conhecida como “Diretoria do Irã”, para desenvolver três propostas alternativas para deteriorar o programa nuclear de Teerã ou, caso necessário, reagir a eventuais agressões iranianas.
Os planos serão apresentados ao governo em breve.
A reportagem não concedeu detalhes sobre as alternativas, mas destacou que uma das propostas abrange ataques militares contra sítios nucleares iranianos. A medida, alegou o jornal israelense, é uma resposta a movimentos recentes do Irã para acelerar o programa.
Israel opôs-se categoricamente ao acordo assinado entre potências globais e Teerã para restringir o programa nuclear iraniano e atenuar sanções, em 2015.
Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump revogou unilateralmente a anuência de seu país ao Plano de Ação Conjunto Global, mesmo após oficiais iranianos insistirem que seu único objetivo com o programa nuclear é desenvolver energia sustentável.
“O Irã fez progresso nos últimos anos, em termos de pesquisa e desenvolvimento, tanto de materiais enriquecidos quanto capacidades ofensivas. Além disso, mantém um regime que de fato deseja obter armas atômicas”, alegou o Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz.
Prosseguiu: “É evidente que Israel precisa ter uma opção militar sobre a mesa. Requer recursos e investimento e estou trabalhando para isso”.
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Na quarta-feira, Tzachi Hanegbi – Ministro de Assuntos dos Assentamentos, membro do partido ultranacionalista Likud e aliado do premiê Benjamin Netanyahu – ameaçou um ataque israelense contra o Irã, caso Washington retome o acordo internacional.
O presidente eleito Joe Biden indicou que pretende fazê-lo logo após sua posse, na próxima semana.