Israel pretende exortar o futuro governo dos Estados Unidos de Joe Biden a não exercer pressão contra Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos sobre suas graves violações de direitos humanos, entre outras questões regionais, como a intervenção militar no Iêmen.
Segundo o website de notícias Axios, fontes de segurança receiam que Biden esfrie relações com esses países. Israel considera sua cooperação de defesa e inteligência com Riad, Cairo e Abu Dhabi como “central à estratégia para reagir ao Irã e pilar à segurança regional”.
Biden prometeu em campanha priorizar os direitos humanos e a democracia ao promover a política internacional de seu governo. Também condenou abertamente Riad sobre a guerra no Iêmen e recusou-se a conversar com os líderes dos três países após vencer as eleições.
O estado da ocupação israelense, entretanto, deseja convencer o presidente eleito a não permitir que novas políticas sobre o Iêmen aprofundem a influência do Irã no Oriente Médio ou prejudiquem a cooperação regional sobre outras questões.
Enquanto isso, Riad, Cairo e Abu Dhabi agradeceram a proposta do atual Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo para designar como “terrorista” o grupo iemenita houthi, a despeito de receios globais sobre o impacto da medida à crise humanitária no Iêmen.
Segundo as fontes de segurança, Israel recentemente encorajou Egito e Arábia Saudita a melhorar sua imagem em termos de direitos humanos, a fim de promover uma atmosfera mais favorável ao diálogo com Biden e sua equipe.
Israel planeja alertar Biden de que uma crise diplomática com Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos pode afastá-los dos Estados Unidos e aproximá-los da Rússia e China.
“Estivemos muito perto de perder o Egito, há anos atrás”, argumentou um oficial israelense. “Nossa mensagem ao governo Biden será: vá com calma, cuidado com mudanças dramáticas, não venha com predisposições e não prejudique relações com os aliados regionais”.
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