Stephanie Williams, representante especial em exercício das Nações Unidas, confirmou que não houve, até então, qualquer progresso nas negociações sobre o mecanismo a ser aplicado para selecionar membros da nova autoridade executiva da Líbia.
Em novembro de 2020, foi lançado o Fórum de Diálogo Político da Líbia, cujas negociações tiveram início na Tunísia. Porém, o impasse permaneceu.
Logo no início dos encontros do comitê consultivo do fórum, Williams destacou que o objetivo da reunião seria estabelecer uma autoridade executiva provisória para a Líbia, a fim de ajudar nos preparativos para as eleições marcadas para 24 de dezembro de 2021.
Williams alertou que o comitê pode não encontrar meios de garantir o compartilhamento de poder entre as partes em disputa e que a missão não poderá nomear diretamente membros da autoridade executiva provisória.
Contudo, expressou esperanças de que o comitê possa chegar às recomendações esperadas durante os sucessivos encontros, previstos para terminar no próximo domingo (24), a fim de retomar os debates.
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Enquanto isso, o general Ahmed al-Mesmari, porta-voz do exército líbio, confirmou que a Turquia ainda mobiliza tropas e armas para manter o pleno controle da base aérea de Al-Watiya, como ponte aérea militar para o exército turco, junto da base de Misrata.
Em comunicado emitido na noite de sexta-feira (15), al-Mesmari destacou que as forças da Turquia não deverão deixar o país norte-africano através das negociações em curso, apesar de confirmado o acordo de cessar-fogo.
Em coletiva de imprensa, também na sexta-feira, o Ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergey Lavrov e sua contraparte saudita, o príncipe Faisal Bin Farhan, enfatizaram a necessidade de encerrar as intervenções estrangeiras na Líbia.
Ambos enalteceram os esforços de cessar-fogo e destacaram a importância de um processo político abrangente, com a participação de todas as forças em campo na Líbia, a fim de alcançar uma solução duradoura para os conflitos no país.
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