Em suas últimas horas no cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um perdão total a Aviem Sella, um coronel da Força Aérea israelense que foi indiciado por um grande júri federal dos Estados Unidos em 1987 por espionagem. Sella recrutou Jonathan Pollard, que espionou os Estados Unidos e passou os segredos da inteligência dos EUA para Israel.
Sella, 75, fugiu depois que Pollard foi preso em 1985. Condenado em 1987 à prisão perpétua depois de se confessar culpado de conspiração para cometer espionagem, Pollard foi solto em liberdade condicional em 2015 e migrou para Israel no mês em que seu período de liberdade condicional expirou. Ele foi recebido na pista pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tendo voado para Israel em um jato particular de propriedade de Sheldon Adelson, um importante doador do Trump e importante sionista que já faleceu.
“O pedido de clemência de Sella é apoiado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o embaixador israelense nos Estados Unidos, Ron Dermer, o embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman, e Miriam Adelson”, disse a Casa Branca. “O Estado de Israel emitiu um pedido de desculpas completo e inequívoco e solicitou o perdão para encerrar esse infeliz capítulo nas relações EUA-Israel.”
Pollard emitiu uma declaração saudando o perdão de Sella. “Isso põe fim à ferida sangrante do incidente depois de 35 anos”, disse ele.
De acordo com o Haaretz, Trump também perdoou Elliott Broidy, um ex-membro do conselho da Coalizão Judaica Republicana e um dos maiores arrecadadores de fundos para sua campanha eleitoral de 2016. Broidy foi condenado por aceitar milhões de dólares para fazer lobby junto ao governo Trump pelos interesses da China e da Malásia.
Outra pessoa perdoada foi Sholam Weiss, um empresário hassídico de Nova Iorque, que foi condenado a 845 anos de prisão em 2000 por ser o mentor de um dos maiores golpes de fraude de seguros da história.