Conta oficial do Twitter é alterada para ‘Embaixador dos EUA em Israel, Cisjordânia e Gaza’

Logotipo do Twitter e uma tela de computador exibindo a bandeira dos Estados Unidos em Ancara, Turquia, em 7 de janeiro de 2021. [Erçin Ertürk/AgênciaAnadolu]

A conta oficial no Twitter do embaixador dos EUA em Israel teve uma breve mudança de nome ontem para “Embaixador dos EUA em Israel, Cisjordânia e Gaza” após a posse do presidente Joe Biden. A conta foi rapidamente alterada de volta para “Embaixador dos EUA em Israel”.

Questionada se essa breve mudança sugere que uma mudança na política externa americana pode ser esperada sob Biden, uma porta-voz da embaixada disse: “Essa não é uma mudança de política ou indicação de futura mudança de política. Foi uma edição inadvertida, e não reflete uma mudança política”.

Em seu primeiro dia no cargo, Biden reverteu uma série de políticas da era Trump, incluindo a polêmica “proibição de viagens aos muçulmanos”. No entanto, as indicações são de que ele não irá reverter as mudanças mais polêmicas feitas por seu antecessor, como a transferência da embaixada dos Estados Unidos para a Jerusalém ocupada.

Biden, apesar disso, pode ser mais imparcial do que Trump. Fala-se que o novo presidente reabrirá o Consulado-Geral dos Estados Unidos na ocupada Jerusalém Oriental para atuar como uma “embaixada” aos palestinos, aos quais também restaurará a ajuda americana.

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As relações entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente, Biden, devem ser tensas devido à sua história. Biden foi humilhado durante uma viagem a Jerusalém em 2010, quando era vice-presidente de Barack Obama.

Como um defensor pró-Israel, Biden chegou a Jerusalém com instruções de Obama para reativar as negociações de paz entre palestinos e israelenses. Netanyahu concordou relutantemente com uma moratória temporária sobre a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada. No entanto, como Biden prometeu apoio inflexível dos EUA a Israel, Netanyahu revelou uma grande expansão de moradias para colonos em terras palestinas na Jerusalém Oriental ocupada, anexada por Israel.

No que poderia ser uma mensagem ao agora presidente Biden, o governo israelense aprovou a construção de 2.572 novas unidades de assentamento em Jerusalém ocupada e na Cisjordânia durante sua posse.

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