Colonos israelenses atiraram bombas de gasolina em duas casas palestinas na vila ocupada de Burin, na Cisjordânia, perto de Nablus, na noite de quinta-feira (21), informou a Wafa. Quando os residentes locais correram para tentar extinguir o incêndio resultante, as forças de ocupação israelenses dispararam contra eles balas de metal revestidas de borracha e gás lacrimogêneo.
Os soldados, então, entraram na aldeia e abriram fogo contra os moradores. Muitos sofreram inalação de gás lacrimogêneo e um residente da casa de 30 anos foi preso.
O ataque aconteceu logo depois que grupos de colonos extremistas bloquearam várias estradas e cruzamentos e atacaram veículos palestinos com pedras e garrafas vazias. Testemunhas disseram que os colonos judeus que lançaram as bombas de gasolina eram identificáveis, mas não foram detidos pelas forças de segurança.
Ataques de colonos israelenses a propriedades palestinas são comuns, sobretudo por colonos de extrema direita. Eles raramente são responsabilizados pelas autoridades de ocupação israelenses. Na verdade, na maioria dos casos, os colonos que perseguem e atacam os palestinos são acompanhados e protegidos por soldados israelenses.
Mais de 600.000 colonos judeus vivem atualmente em mais de 250 assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada. De acordo com a lei internacional, Cisjordânia e Jerusalém Oriental são “territórios palestinos ocupados” e todos os assentamentos judeus construídos lá, assim como os colonos que vivem neles são ilegais.
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