Quase dois milhões de cidadãos israelenses vivem abaixo da linha da pobreza, equivalente a 23% da população total, reportou ontem (21) o Instituto Nacional de Segurança Social. Cerca de um terço das crianças em Israel estão incluídas neste número.
Segundo as informações, a taxa de pobreza entre cidadãos árabes de Israel chega a quase 50%, o dobro do índice entre cidadãos judeus.
A estatística cobre o ano de 2020, mas a chamada linha da pobreza em Israel é calculada com base nos limites instituídos em 2018 – 3.593 shekels por pessoa e 5.750 shekels por casal.
As autoridades previdenciárias destacaram que a pandemia de coronavírus não afetou apenas os níveis mais baixos da pirâmide socioeconômica.
As taxas de pobreza de Israel não melhoraram desde sua filiação à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), em 2010, apesar de sucessivos aumentos nos impostos, cuja receita tributária está entre as maiores do mundo.
O desemprego, porém, continua a bater recordes desde o terceiro lockdown decorrente da pandemia, imposto em 27 de dezembro. O número de pessoas sem trabalho devido ao covid-19 deve exceder um milhão até fevereiro.
O Ministério das Finanças de Israel espera que a crise do desemprego continue ao longo do ano, mesmo caso bem sucedida sua campanha de vacinação contra o coronavírus, que poderá incorrer na suspensão das restrições em breve.
Segundo o ministério, mesmo no cenário mais otimista, com retomada da normalidade e abertura completa das atividades econômicas, a taxa de desemprego deve permanecer alta, com previsão de 8.6% da população ativa, neste ano.
Entretanto, caso a crise de saúde não dê trégua, o desemprego deve atingir o recorde de 11.6% da população.
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