Com o fim do governo americano do ex-presidente Donald Trump, há cada vez mais receios de que Israel possa enfrentar a possível um inquérito do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os crimes de guerra cometidos contra o povo palestino.
As informações são da agência Anadolu.
A emissora estatal israelense KAN reportou neste domingo (24) que Haia pode sentir-se encorajada a abrir as investigações sobre os crimes de guerra executados pela ocupação israelense durante a brutal ofensiva contra a Faixa de Gaza, em 2014.
A decisão de abrir o inquérito está suspensa desde dezembro de 2019, a fim de evitar confrontos com a gestão Trump. Contudo, em junho de 2020, Washington impôs sanções ao TPI em represália a um inquérito sobre crimes americanos no Afeganistão.
“Tal investigação teria grandes implicações para muitos políticos e militares de alto escalão de Israel, que podem ser submetidos a mandados de prisão internacionais, emitidos por membros do tribunal”, declarou a reportagem da emissora israelense.
Em dezembro de 2019, Fatou Bensouda, promotora-chefe do TPI, anunciou que a corte encontrou evidências suficientes para abrir uma investigação sobre crimes de guerra cometidos por Israel nos territórios palestinos ocupados.
Após 51 dias de bombardeios, a ofensiva militar israelense, em 2014, resultou em 2.322 palestinos mortos, a maioria civis, além de 11.000 feridos.
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