Israel abriu ontem oficialmente sua embaixada nos Emirados Árabes Unidos, anunciou seu Ministério das Relações Exteriores.
A medida polêmica ocorre depois que os Emirados Árabes Unidos e Israel concordaram em estabelecer relações diplomáticas, culturais e comerciais plenas após a assinatura dos Acordos de Abraham em 15 de setembro na Casa Branca.
Desde então, Bahrein, Sudão e Marrocos concordaram em estabelecer laços com Israel em negóciações mediadas pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Os palestinos condenaram os acordos como uma “punhalada nas costas”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que a nova embaixada “avançará a gama de relações entre os países em todas as áreas e ampliará os laços com o governo dos Emirados, órgãos econômicos e o setor privado, academia, mídia e muito mais.”
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O governo de Israel considera Jerusalém como sua capital, embora isso não seja reconhecido pela maioria da comunidade internacional. Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado palestino. A maioria dos países tem embaixadas em Tel Aviv.
A embaixada israelense em Abu Dhabi funcionará com “escritórios temporários” até localizar uma instalação permanente, disse o comunicado.
A missão vai “ampliar os laços com o governo dos Emirados, órgãos financeiros e setor privado, universidades, mídia e muito mais”, acrescentou.
Israel e os Emirados Árabes Unidos já assinaram tratados sobre voos diretos e viagens sem visto, juntamente com acordos sobre proteção de investimentos, ciência e tecnologia.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gabi Ashkenazi, saudou a medida, dizendo que a embaixada “permitiria a expansão das relações bilaterais entre Israel e os Emirados para uma implementação rápida e máxima do potencial desses laços”.
Ashkenazi também agradeceu ao “herdeiro do trono dos Emirados Árabes Unidos, Sua Alteza Sheikh Mohammed bin Zayed, e meu colega e amigo, o Ministro das Relações Exteriores Sheikh Abdullah bin Zayed, por sua liderança e hospitalidade para com nossos representantes”.