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Anistia condena medidas punitivas do Egito contra revolucionários

Detentos recebem tratamento médico na clínica da prisão Borg el-Arab, durante visita coordenada pelo Serviço de Informação do Estado do Egito, perto da cidade de Alexandria, em 20 de novembro de 2019 [Mohamed el-Shahed/AFP/Getty Images]
Detentos recebem tratamento médico na clínica da prisão Borg el-Arab, durante visita coordenada pelo Serviço de Informação do Estado do Egito, perto da cidade de Alexandria, em 20 de novembro de 2019 [Mohamed el-Shahed/AFP/Getty Images]

A organização de direitos humanos Anistia Internacional voltou a condenar os abusos cometidos pelo regime egípcio do general e presidente Abdel Fattah el-Sisi, em novo relatório divulgado no décimo aniversário da Revolução de 2011.

Segundo o documento intitulado “What do you care if I die?” (“O que te importa se eu morrer?”), as cadeias egípcias ainda estão lotadas com revolucionários que protestaram na Praça Tahrir pela deposição do longevo ditador Hosni Mubarak.

Cerca de 60 mil opositores políticos padecem nas prisões egípcias. Os detentos vivem em celas que abrigam o dobro de sua capacidade, à mercê de carcereiros que os submetem a tortura, além de negligência médica, como pena arbitrária pela revolução.

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Alguns prisioneiros revolucionários são mantidos em confinamento solitário por até 23 horas por dia, sem qualquer direito a visitas ou contato com suas famílias.

Os maus tratos levaram a mortes em custódia e danos irreparáveis à saúde dos presos.

“É deplorável que autoridades egípcias buscam intimidar e atormentar ativistas de direitos humanos, políticos e outros oponentes do regime, ao negar seu acesso a serviços de saúde”, comentou Philip Luther, diretor da Anistia para o Oriente Médio e Norte da África.

“Quando a falta de acesso causa dor severa ou sofrimento e quanto trata-se de ato deliberado com o propósito de punição, então constitui tortura”, concluiu Luther.

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