Ladrões que roubaram munição do Centro Nacional de Treinamento de Israel, na base militar de Tze’elim, instalada no deserto do Negev, há cerca de um mês atrás, tiveram algum tipo de ajuda interna para fazê-lo, alegou ontem (26) ontem a imprensa israelense.
Os ladrões aparentemente utilizaram um único caminhão para entrar na base, apesar do elaborado sistema de segurança do local, reportou o jornal Yedioth Ahronoth.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) investiram pesadamente na segurança da base nos últimos meses, ao instalar portões adicionais, cerca de arame farpado e equipamento de vigilância de alta tecnologia.
Há indícios de que pessoas que trabalham ou servem na base ajudaram os ladrões a passar pelo sofisticado aparato de segurança.
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Apesar de uma extensa operação policial, a munição roubada não foi recuperada. Acredita-se que foi vendida, ao menos em parte, a organizações criminosas.
O exército israelense ainda não repreendeu os responsáveis pela segurança de Tze’elim.
Após um incidente semelhante em uma base militar perto da fronteira disputada com o Líbano, o chefe de estado-maior Aviv Kochavi demitiu oficiais de alto escalão do Comando Norte das Forças de Defesa de Israel.
O major-general Aharon Haliva, chefe da diretoria de operações da FDI, afirmou a um comitê do Knesset (parlamento israelense) que o roubo de armas em Tze’elim provavelmente foi realizado por uma tribo local em particular.
O comitê parlamentar também constatou que oitenta armas foram roubadas do exército israelense em 2020, quinze das quais arrebatadas de casas de oficiais em serviço.
O roubo de armas e munições é um problema para as forças da ocupação israelense no Vale do Jordão, onde tropas frequentemente conduzem exercícios militares.
Haliva destacou que o exército criou uma nova brigada, incluindo guardas de fronteira, para proteger as bases israelenses.