O Movimento Islâmico no Sudão deve retornar às suas raízes e apoiar o povo, disse, na terça-feira (26) o secretário-geral do partido, Ali Ahmed Karti.
“Vamos nos levantar em apoio à verdade, eliminando a falsidade e reformando o país e seu povo”, disse Karti em uma mensagem de áudio enviada aos membros do movimento, que foi divulgada nas redes sociais.
“Que seus braços se unam a serviço da sociedade, preservando sua dignidade, atendendo suas necessidades e ajudando seu povo ao mesmo tempo em que preserva seu bom legado”, disse Karti, acrescentando, “aqui está ele retornando através de você [o Movimento Islâmico] para suas incubadoras na sociedade em defesa da verdade e de seu povo e sua firmeza em face dos inimigos de Deus e da pátria”.
Não foi possível obter imediatamente comentários do governo sudanês sobre a mensagem de Karti.
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O Movimento Islâmico do Sudão foi considerado a referência para o Partido do Congresso Nacional durante o governo deposto do presidente Omar Al-Bashir. As autoridades prenderam recentemente muitos dos líderes do movimento.
Em declarações anteriores à mídia, o Movimento Islâmico acusou o atual governo de transição sudanês de incluir “elementos seculares que realizam uma agenda externa” e pediu a necessidade de desenraizar o atual regime, especialmente após o acordo de normalização assinado com Israel e as restrições impostas sobre os movimentos islâmicos no país.
Os observadores consideraram a mensagem de Karti um apelo aos membros do movimento para abandonarem o trabalho político e regressarem aos seus deveres cívicos, o que é uma escolha estratégica para enfrentar as pressões que enfrentam.