Um antigo porto que se acredita remontar à era romana foi descoberto na costa síria de Tartus, de acordo com um anúncio de Dmitry Tatarkov, diretor do Centro de Pesquisa e Tecnologia Marinha da Universidade Estadual de Sevastopol da Rússia (SSU).
“Pode não ter sido nem um porto, mas é uma fortaleza marítima do século I dC. Restos de estruturas hidráulicas, um farol e quatro colunas de mármore foram encontrados. Os materiais cerâmicos que os acompanham permitirão uma datação mais detalhada do local. Esta é uma descoberta importante”, disse Tatarkov.
“Estes são os restos de ânforas gregas antigas, potes fenícios, vasos egípcios e utensílios domésticos de pedra romana. Esses materiais nos permitirão reconstruir as rotas comerciais marítimas que ligam esta região às principais regiões do Mediterrâneo. Poderemos determinar o ciclo de vida dos portos que existiam na época”, explicou.
Acredita-se que as ruínas pertençam à antiga Ilha de Arvad, que foi originalmente colonizada pelos fenícios no início do segundo milênio AC. Eles foram encontrados durante a segunda temporada de campo por uma missão arqueológica russo-síria lançada em 2019 pela SSU com o apoio do Ministério da Defesa da Rússia e do Instituto de Estudos Orientais da Academia Russa de Ciências.
A expedição foi realizada como parte de um convênio entre a universidade e o Ministério da Cultura da Síria e inclui especialistas russos e sírios. De acordo com o site da universidade russa, um dos objetivos da expedição será o treinamento avançado de especialistas sírios e estudantes da Universidade de Damasco e da Universidade de Latakia.
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