O exército israelense destruiu na quarta-feira (27) uma reserva natural e arrancou pelo menos 10.000 árvores em uma campanha militar no norte da Cisjordânia, em um movimento que os palestinos classificaram como criminoso.
Moataz Bisharat, que é responsável pelo monitoramento da atividade de assentamento israelense no Vale do Jordão, disse à Agência Anadolu que o exército de ocupação empurrou veículos militares e dezenas de soldados para a área de Ainun na cidade de Tubas pela manhã e destruiu uma reserva natural construída em uma área de cerca de 400 dunums (98 acres).
O exército de ocupação “derrubou e destruiu cerca de 10.000 árvores da floresta e cerca de 300 oliveiras”, disse ele.
Árvores foram plantadas na reserva natural há oito anos, como parte do projeto Greening Palestine supervisionado pelo Ministério da Agricultura da Palestina e financiado pelo consulado venezuelano na Palestina.
Bisharat sublinhou que a ocupação alegou que a destruição da reserva ocorreu por ter sido classificada como zona militar, embora não ficasse a mais de 300 metros de zonas residenciais e servisse como “saída” para os residentes.
Em um comunicado, a Comissão de Colonização e Resistência do Muro da Organização para a Libertação da Palestina disse que Israel “formou uma unidade especial cuja missão é fazer guerra no Vale do Jordão”.
“Um aparato de segurança foi formado para supervisionar a construção e a agricultura na Área C e se comprometeu a eliminar a presença palestina”, diz o comunicado.
A comissão descreveu o incidente como “um crime e uma campanha para eliminar árvores, edifícios, gado e fontes de renda”.
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O que está acontecendo, acrescentou, é “parte de uma guerra travada por um estado terrorista [Israel] que está queimando áreas verdes”.
A comissão palestina pediu “proteção internacional para a presença palestina na Área C”, conclamando a comunidade internacional a parar com a discriminação ao lidar com os crimes da ocupação israelense.