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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel pressiona Hamas na Cisjordânia para não participar das eleições

Comitê eleitoral do Hamas na Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2019 [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]
Comitê eleitoral do Hamas na Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2019 [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Serviços de inteligência de Israel começaram a pressionar oficiais do movimento Hamas na Cisjordânia ocupada para que não participem das próximas eleições palestinas, reportaram fontes do grupo nesta quarta-feira (27).

Segundo as informações, oficiais israelenses convocaram Omar al-Barghouti, figura de liderança do Hamas, a comparecer no Centro de Detenção de Ofer. No local, Barghouti foi “solicitado” a não participar das eleições executivas ou legislativas.

Barghouti foi libertado da prisão há apenas algumas semanas e reside agora no bairro de Coper, em Ramallah.

Diversos outros membros do movimento palestino também receberam o mesmo “pedido”, alguns por telefone, outros convocados a centros de detenção ou bases militares para serem interrogados por soldados da ocupação.

Em 2018, forças da ocupação prenderam Barghouti e sua esposa, assassinaram o filho do casal e demoliram sua casa. No total, o líder palestino passou 30 anos nas cadeias de Israel. Seu irmão, Nael al-Barghouti, está preso há mais de 40 anos.

LEIA: Decreto para as eleições palestinas simboliza a farsa democrática na Palestina

No último ano, o foco da pressão imposta pelos serviços de inteligência de Israel era impedir oficiais do Hamas de participar das conversas de reconciliação com o partido Fatah e, portanto, com a Autoridade Palestina.

Em 2006, o Hamas venceu as eleições parlamentares e municipais nos territórios palestinos ocupados. Israel, Fatah, regimes árabes e ocidentais, incluindo Estados Unidos, rechaçaram a vitória do grupo, o que culminou em sua expulsão da Cisjordânia e no cerco a Gaza.

Em 2009, o mandato de Mahmoud Abbas como Presidente da Autoridade Palestina chegou ao fim. Porém, o líder do partido Fatah recusou-se a conduzir novas eleições, até então, com apoio dos mesmos agentes internacionais.

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