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Somália, Síria e Iêmen são campeões em corrupção, diz Tranparency International

28 de janeiro de 2021, às 15h55

Um logotipo da Transparency International (TI) durante uma coletiva de imprensa, em Berlim, em 23 de setembro de 2008. [John Macdougall/AFP via Gettyimages]

Um relatório do grupo de vigilância global Transparency International classificou a Somália, a Síria e o Iêmen como entre os estados mais corruptos do mundo em uma lista de 180 países.

A pesquisa anual do Índice de Percepção de Corrupção divulgada pela Transparency International, que mede a corrupção no setor público e destaca o impacto da corrupção nas respostas dos governos à covid-19, revelou que os três países com os níveis mais baixos de corrupção percebida são Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia.

Enquanto isso, Somália e Sudão do Sul tiveram os piores resultados com 12 pontos, ficando em 179º lugar, atrás da Síria com 14, Iêmen e Venezuela com 15, Sudão e Guiné Equatorial com 16 e Líbia com 17.

Israel ficou em 25º lugar entre os 37 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), observou o relatório, mas ficou em 35º lugar globalmente.

O ex-juiz Nili Arad, que preside o capítulo local da Transparência, disse: “A baixa classificação de Israel no índice de corrupção é especialmente severa em 2020, quando o coronavírus está em alta”. Ela apontou para a “falta de confiança e falta de cooperação” do público durante a crise econômica e de saúde.

LEIA: Governo do Iêmen é culpado por lavar dinheiro, houthis desviam recursos, afirma ONU

De acordo com o Times of Israel, o número de casos ativos do vírus aumentou nos últimos dias de menos de 70.000 no início desta semana para 75.920 na quarta-feira (27).

Arad disse: “Tudo isso, enquanto testemunhamos a violação dos fundamentos da democracia, em circunstâncias em que os líderes são suspeitos de crimes, em uma atmosfera de incitação contínua contra o judiciário e os meios de comunicação que são obrigados a fazer seu trabalho fielmente em uma atmosfera maligna de extremismo e sectarismo”.

Os críticos dizem que o governo lidou mal com a crise, sem uma estratégia clara de longo prazo e permitindo que a política obscurecesse suas decisões.

As autoridades israelenses também foram criticadas por grupos de direitos humanos que pediram ao país que cumprisse suas obrigações de acordo com a lei internacional e fornecesse vacinas à população palestina na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que vive sob ocupação israelense.

O relatório de 2020 da Transparency International conclui que “níveis mais altos de corrupção tendem a ser os piores perpetradores de violações do estado de direito ao administrar a crise da covid-19” e outros desafios sociais.