A esposa do Emir de Sharjah criticou a cooperação dos Emirados Árabes e Israel no campo da educação. Sheikha Jawaher Bint Mohammed Al-Qasimi fez seu comentário sobre uma reunião online entre os ministérios da Educação de Emirados Árabes Unidos e Israel para discutir cooperação, intercâmbio de estudantes e estudos acadêmicos conjuntos.
“O currículo [dos israelenses] incentiva a matança de árabes e o roubo de terras árabes”, disse ela no Twitter. A Sheikha também retuitou uma postagem de “Ahmed”, um guia turístico, sobre a Andaluzia, na qual ela lembra os antecedentes do ministro da Educação de Israel, Yoav Galant.
“Quem é o ministro da Educação israelense, Yoav Galant?”, questiona o guia turístico. “Ele é um dos generais mais sangrentos da história de Israel. Ele participou do assassinato de Hassan Salameh em Beirute em 1979. Ele é o líder da operação para invadir o campo de Jenin [de refugiados], que levou à morte de dezenas de palestinos indefesos e a operação Grapes of Wrath contra o Líbano (massacre libanês de Qana) em 1996.”
O tweet do Sheikha Jawaher é a objeção mais proeminente e explícita que surgiu dos círculos dominantes nos Emirados Árabes contra a cooperação com Israel. Centenas de usuários do Twitter elogiaram sua coragem em expressar sua opinião.
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Em 2013, Sheikha Jawaher foi nomeada pela ONU como a primeira defensora proeminente do Alto Comissariado da ONU para Refugiados nos Emirados Árabes Unidos. Isso, disse a organização internacional, se deve ao seu “histórico comprovado no campo do trabalho humanitário, apoio comunitário e empoderamento das mulheres”.
Os Emirados Árabes e Israel assinaram um acordo em setembro passado para normalizar suas relações sob os auspícios dos EUA, apesar das objeções palestinas e árabes.