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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Detalhes da tortura de um menino de 13 anos pela polícia de Israel

Soldado israelense prende adolescente palestinos, em 17 de junho de 2017 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Soldado israelense prende adolescente palestinos, em 17 de junho de 2017 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Na madrugada de quinta-feira (28), a polícia israelense adentrou no bairro de Issawiya, em Jerusalém ocupada, invadiu uma residência palestina e prendeu um menino de 13 anos de idade e seu irmão de 18 anos.

Em entrevista ao jornal isralense Haaretz, o menino de 13 anos relatou que a polícia o agrediu com uma arma de choques elétricos e o espancou durante o interrogatório, executado na ausência de seus pais.

O menino indicou que a polícia israelense invadiu sua casa em torno das 3 horas da manhã.

Ao referir-se ao menor de idade como “M.”, a fim de preservar sua identidade, o jornal destacou que a polícia o manteve detido por 12 horas, antes de emitir ordens arbitrárias para sua prisão domiciliar pelo período de cinco dias.

Jovem palestino é preso por tropas da ocupação israelense em Hebron (Al-Khalil). Regimes árabes e a comunidade internacional mantêm silêncio [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Jovem palestino é preso por tropas da ocupação israelense em Hebron (Al-Khalil). Regimes árabes e a comunidade internacional mantêm silêncio [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

M. denunciou ter sofrido tortura, agressões físicas e verbais pelas mãos da polícia da ocupação israelense durante o longo período no qual foi detido e isolado.

Autoridades de Israel negaram os abusos e alegaram legalidade para a prisão.

“Eles nos jogaram no chão, eu e meu irmão”, relatou o menino. “Eles nos bateram, nos algemaram e nos levaram antes mesmo que eu pudesse colocar os sapatos. Eu segurava os sapatos na mão e perguntei aos policiais se poderia colocá-los. Eles me deram um tapa e me vendaram”.

M. destacou ter permanecido três horas com as mãos atadas atrás das costas, sentado sobre seus joelhos. Quando enfim caiu no chão, exausto, um policial o chutou violentamente. Somente então, foi levado para o interrogatório.

Segundo o Haaretz, quatro policiais interrogaram o menino, acusado vagamente de atirar pedras. A despeito de seus direitos, disseram que o pai do menor não poderia estar presente para não interromper o interrogatório.

Os policiais alegaram ter um vídeo no qual o menino atirava pedras. Entretanto, 12 horas depois, M. foi solto. Seu irmão permanece preso.

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Reportou o pai dos jovens: “Estávamos dormindo quando ouvimos uma forte explosão. Olhei à minha volta e vi seis policiais batendo nos meus filhos e disparando armas de choque contra eles. Um policial disparou contra minha cabeça e me feriu. Então me bateu no rosto”.

“Meu irmão veio de uma casa na vizinhança para ver o que estava acontecendo. Jogaram ele no chão e também lhe deram choque”, prosseguiu.

“Um dos policiais me disse que vieram à minha casa para se vingar de mim e meus filhos. Ele proferiu vulgaridades para me insultar. Suas ofensas foram ainda piores do que as agressões. Ele me agarrou pelo pescoço e continuou a me ofender”.

O pai de família descreveu então a situação do menino no momento da prisão: “Eu olhava para meu filho e ele tremia por causa dos choques elétricos. Ele tentou se aproximar de mim, mas eles não deixaram”.

“Mesmo a polícia de fronteira não entendeu porque nos bateram”, concluiu o cidadão palestino.

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