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Irã enforca cidadão baluchi acusado de matar dois soldados de elite

Javid Dehghan [IranHrm/Twitter]
Javid Dehghan [IranHrm/Twitter]

Neste sábado (30), o Irã executou um cidadão da minoria étnica baluchi por supostamente assassinar membros da Guarda Revolucionária, unidade de elite do exército dos aiatolás, reportou a agência de notícias oficial do judiciário iraniano.

As informações são da agência Reuters.

Na sexta-feira (29), a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu apelos para poupar a vida do acusado; contudo, foram ignorados por Teerã.

O website oficial Mizan relatou que Javid Dehghan, suposto líder do grupo militante sunita Jaish al-Adl (Exército da Justiça) foi enforcado por matar a tiros dois soldados de elite há cinco anos atrás, na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país.

Em sua página do Twitter, o escritório de direitos humanos das Nações Unidas reivindicou a suspensão da iminente pena de morte contra Dehghan, ao condenar “uma série de execuções – ao menos 28 – desde meados de dezembro, incluindo contra grupos minoritários”.

Grupos de direitos humanos e instituições da comunidade internacional costumam criticar o Irã por seu histórico humanitário e pelo grande número de execuções – maior do mundo, exceto China, segundo dados da Anistia Internacional.

LEIA: Centenas de prisioneiros serão executados arbitrariamente no Iraque

A Anistia denunciou que Dehghan foi condenado com base em “confissões” obtidas sob tortura e que a corte iraniana ignorou diversos abusos ao devido processo, cometidos por agentes da Guarda Revolucionária e promotores, ao longo da investigação.

A empobrecida província de Sistão-Baluchistão faz fronteira com Afeganistão e Paquistão. Há décadas, vivencia confrontos frequentes entre forças de segurança, grupos sunitas e traficantes de drogas. A população local é predominantemente sunita.

O regime iraniano recorre ao islamismo xiita, que abrange a maioria da população do país.

O Jaish al-Adl alega buscar direitos e melhor condição de vida à minoria baluchi e assumiu responsabilidade por diversos ataques nos últimos anos, sobretudo contra forças de segurança iranianas instaladas na província.

Na quinta-feira (28), a mídia estatal anunciou que um membro iraniano do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) foi executado na província do Cuzestão, no sudoeste do país, lar de muitos árabes étnicos nascidos no Irã.

O suposto membro do Daesh recebeu pena capital por participar de um atentado que resultou na morte de dois soldados do grupo paramilitar Basij, que opera sob ordens da Guarda Revolucionária, portanto, subordinado a Teerã.

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