Ao menos seis civis foram mortos por uma explosão no noroeste da Síria, neste sábado (30), segundo fontes locais.
Outras 25 pessoas ficaram feridas quando um veículo carregado de explosivos detonou em uma zona industrial na cidade de Afrin.
Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo ataque até então, mas a agência de notícias turca Anadolu especulou envolvimento do grupo curdo Unidades de Proteção Popular (YPG), considerado terrorista por Ancara.
Em 2018, uma ofensiva da Turquia, denominada Operação Ramo de Oliveira, varreu a região de Afrin da presença de tropas curdas.O exército turco alega, porém, que ainda há células dormentes da organização instaladas na região.
Autoridades de segurança locais culpam o YPG pelos atentados terroristas. Contudo, o grupo nega tais acusações reiteradamente. Ataques das regiões de Tal Rifaat e Manbij, perto da fronteira síria, costumam atingir Jarabulus, Azaz, Afrin, e al-Bab.
O YPG é o braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia. Segundo as acusações, atentados cometidos pelo grupo resultaram em 40 mil mortos ao longo de 30 anos.
Desde 2016, a Turquia lançou uma tríade de operações contra a presença curda na fronteira norte da Síria, supostamente para tentar impedir a formação de um corredor terrorista e permitir o reassentamento pacífico de residentes e refugiados.
As operações foram intituladas Escudo do Eufrates (2016), Ramo de Oliveira (2018) e Nascente da Paz (2019).