No último sábado (30), Zakaria al-Shami, ministro da pasta de transportes para o governo houthi no Iêmen, acusou Israel de saquear recursos naturais das ilhas estratégicas de Socotra, com anuência dos Emirados Árabes Unidos.
“O regime sionista, sob cobertura dos Emirados, opera em Socotra para saquear seus recursos naturais e tomar vantagem de sua localização geográfica, petróleo cru, capacidades médicas, turismo, entre outras riquezas”, declarou al-Shami em reunião na capital Sanaa.
Al-Shami reivindicou maior proteção ao arquipélago, reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2008, conhecido por sua biodiversidade única.
Em 2020, separatistas do Conselho de Transição do Sul (CTS), grupo apoiado pelos Emirados, tomaram controle das ilhas. O governo iemenita reconhecido internacionalmente, cujo principal aliado é Arábia Saudita, descreveu o incidente como golpe.
Após a normalização entre Israel e Emirados Árabes Unidos, em agosto último, relatos surgiram de cooperação entre os países para estabelecer uma base de espionagem em Socotra, a fim de reunir informações da região, sobretudo Bab El-Mandeb e Golfo de Aden.
Apesar do chamado Acordo de Riad, assinado entre o governo iemenita e o CTS, e dos termos de compartilhamento de poder no sul do Iêmen continental, os Emirados Árabes Unidos ainda avançam na instalação de bases militares em Socotra.
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