Israel prendeu 543 crianças palestinas em 2020, a maioria em Jerusalém ocupada, denunciou o advogado de direitos humanos Abdel Nasser Farwana. Cerca de 180 menores permanecem nas cadeias e centros de detenção de Israel, em flagrante violação da lei internacional.
Farwana destacou que menores são submetidos a prisão arbitrária e detenção em condições precárias, além de privação, tortura e julgamentos injustos.
“Os ataques e prisões contra crianças palestinas é uma constante política israelense, desde o início da ocupação, sem qualquer interrupção em décadas, acompanhada por violações graves e crimes hediondos, que distorcem a realidade da infância, destroem o futuro das crianças e afetam negativamente suas orientações”, declarou Farwana.
Segundo o especialista em direitos humanos, nos últimos anos o Knesset (parlamento israelense) aprovou diversas leis injustas e abusivas cujo alvo são menores palestinos, a fim de facilitar sua prisão e legitimar seu julgamento arbitrário.
Por exemplo, aprovou legislação para reduzir a maioridade penal a 12 anos de idade e instituir sentença mínima de três anos a quem atirar pedras contra forças e veículos da ocupação.
Farwana reiterou que a agressão israelense contra menores palestinos agravou-se ainda mais, a despeito da pandemia de coronavírus. Ao contrário, as forças da ocupação utilizaram a doença como pretexto para privar menores de acesso a advogados ou visitas de suas famílias.
Além disso, Israel negligenciou deliberadamente medidas apropriadas de prevenção contra o covid-19 em suas cadeias e centros de detenção.
Líderes israelenses, concluiu Farwana, devem ser responsabilizados por suas práticas criminosas.
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