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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel prendeu 543 crianças palestinas em 2020, reporta advogado de direitos humanos

Membros mascarados das forças de segurança de Israel detêm um menino palestino ao reprimir um protesto contra a expropriação de terras palestinas pela ocupação israelense, na aldeia de Kafr Qaddum, perto de Nablus, Cisjordânia ocupada, 23 de dezembro de 2016 [Jaafar Ashtiyeh/AFP/Getty Images]
Membros mascarados das forças de segurança de Israel detêm um menino palestino ao reprimir um protesto contra a expropriação de terras palestinas pela ocupação israelense, na aldeia de Kafr Qaddum, perto de Nablus, Cisjordânia ocupada, 23 de dezembro de 2016 [Jaafar Ashtiyeh/AFP/Getty Images]

Israel prendeu 543 crianças palestinas em 2020, a maioria em Jerusalém ocupada, denunciou o advogado de direitos humanos Abdel Nasser Farwana. Cerca de 180 menores permanecem nas cadeias e centros de detenção de Israel, em flagrante violação da lei internacional.

Farwana destacou que menores são submetidos a prisão arbitrária e detenção em condições precárias, além de privação, tortura e julgamentos injustos.

“Os ataques e prisões contra crianças palestinas é uma constante política israelense, desde o início da ocupação, sem qualquer interrupção em décadas, acompanhada por violações graves e crimes hediondos, que distorcem a realidade da infância, destroem o futuro das crianças e afetam negativamente suas orientações”, declarou Farwana.

Segundo o especialista em direitos humanos, nos últimos anos o Knesset (parlamento israelense) aprovou diversas leis injustas e abusivas cujo alvo são menores palestinos, a fim de facilitar sua prisão e legitimar seu julgamento arbitrário.

Por exemplo, aprovou legislação para reduzir a maioridade penal a 12 anos de idade e instituir sentença mínima de três anos a quem atirar pedras contra forças e veículos da ocupação.

Farwana reiterou que a agressão israelense contra menores palestinos agravou-se ainda mais, a despeito da pandemia de coronavírus. Ao contrário, as forças da ocupação utilizaram a doença como pretexto para privar menores de acesso a advogados ou visitas de suas famílias.

Além disso, Israel negligenciou deliberadamente medidas apropriadas de prevenção contra o covid-19 em suas cadeias e centros de detenção.

Líderes israelenses, concluiu Farwana, devem ser responsabilizados por suas práticas criminosas.

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