Uma baleia jubarte característica do Mar Árabe, espécie em grave risco de extinção, foi resgatada após encalhar na costa do Porto de Duqm, em Omã, em janeiro.
Esforços de especialistas e voluntários foram exitosos em libertar a baleia e devolvê-la à natureza, após ficar presa em uma rede por mais de dois dias.
A operação de resgate foi realizada pela rede de serviços ambientais Five Oceans em cooperação com a Autoridade Ambiental, Guarda Costeira, Força Aérea Real de Omã, além da companhia do Porto de Duqm.
Foi fundamental também o apoio da Sociedade Ambiental de Omã (ESO).
Suaad Al-Harthi, diretora executiva da ESO, afirmou: “Baleias jubartes do Mar Árabe são as únicas espécies não migratórias dentre as jubartes, endêmicas da região. Infelizmente, estimamos que há menos de cem espécimes restantes, então cada indivíduo é ainda mais precioso para garantir seu futuro”.
We would like to express our sincere thanks to the dedicated team of specialist who have been working with guidance from the IWC Global Whale Entanglement Network and to the Port of Duqm, ROP Coastguard and RAFO who have all supported this effort.
… pic.twitter.com/U6ukv68K2J— Port of Duqm Company (@portofduqm) January 21, 2021
Porto de Duqm agradece a equipe que garantiu o resgate do espécime em extinção
“Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão à dedicada equipe de especialistas que trabalhou sob orientação da Comissão de Baleias da Rede de Resposta a Encalhamento Internacional, além do Porto de Duqm, a Guarda Costeira e a Força Aérea de Omã, que apoiaram tais esforços”, prosseguiu Al-Harthi.
“Sem eles nesta missão, não haveria sucesso”, reiterou.
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Segundo o jornal Times of Oman, Aida Al Jabri, especialista em oceanografia da Autoridade Ambiental do país, declarou: “Ficamos felizes em liderar os esforços em Omã e gostaríamos de lembrar a todos da responsabilidade que temos em proteger nossos oceanos e a vida selvagem que os habita”.
A espécie única de baleia jubarte destaca-se por marcas em suas nadadeiras dorsais e barbatana caudal. Foi identificada como parte do banco de dados de mamíferos cetáceos de Omã pela primeira vez em 2010, no Golfo de Masirah, e vista novamente em 2011 e 2014.
No último ano, dois espécimes em ocasiões distintas foram identificados no mesmo porto.
O dócil mamífero que vive no Mar Árabe está sujeito a ameaça de extinção, devido à pesca ilegal e danos causados por equipamentos de pesca abandonados.
Os esforços do governo omanense receberam elogios da Agência Internacional de Proteção às Baleias, reportou a rede Gulf News. Uma carta de agradecimento foi enviada à liderança da Autoridade Ambiental de Omã.
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