Cerca de 2.000 pessoas viajaram da Faixa de Gaza nos últimos dois dias, quando o Egito abriu a passagem de Rafah pela primeira vez em 66 dias.
Além dos 1.927 que deixaram o enclave, 828 voltaram a entrar na Faixa, enquanto 79 não foram autorizados a viajar pelas autoridades egípcias, disse o Ministério do Interior palestino em um comunicado.
O Ministério informou que cerca de 7.000 pessoas precisam viajar de Gaza com urgência para tratamento, estudo ou para voltar ao trabalho.
Rafah Crossing foi fechado em 2007, quando o Hamas venceu as eleições palestinas e ganhou o controle de Gaza, com Israel e Egito impondo um cerco total e rígido ao enclave costeiro.
A passagem fica aberta de vez em quando. A última vez que abriu foi em 27 de novembro de 2020, por três dias, durante os quais 2.696 pessoas deixaram Gaza, 829 retornaram e 223 foram impedidas de sair da faixa sitiada.
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No fim de semana, o Egito anunciou que reabriria a travessia por quatro dias a partir de segunda-feira.
Twafiq Abu Naim, o subsecretário do Ministério do Interior, disse a repórteres na passagem de Rafah que seu ministério espera que a fronteira seja aberta continuamente para aliviar o sofrimento das pessoas em Gaza e dos palestinos presos no Egito.
“Os casos humanitários, de estudantes ou daqueles que precisam viajar têm sido muito castigados desde quando a passagem de fronteira de Rafah foi fechada”, disse ele, pedindo às autoridades egípcias que mantenham o portão aberto o tempo todo.