Nesta quarta-feira (3), a Anistia Internacional mobilizou ativistas a lançarem uma campanha pela soltura imediata da jornalista Solafa Magdy, detida no Egito sob acusações de terrorismo.
Magdy, de 34 anos, foi presa por autoridades junto de seu marido, o fotógrafo Hossam el-Sayyed, e seu amigo Mohamed Salah, em novembro de 2019. Todos foram acusados de “filiação a um grupo terrorista e mau uso das redes sociais”.
Magdy, el-Sayyed e Salah negam as acusações.
A proeminente ong sediada em Londres exortou ativistas a enviar apelos ao Procurador-Geral do Egito Hamada el-Sawy, para que liberte imediata e incondicionalmente os três acusados.
A Anistia preparou um modelo de mensagem, que denuncia: “Sulafa Magdy é uma prisioneira de consciência, detida meramente por seu trabalho jornalístico e por sua defesa de vítimas das violações de direitos humanos”.
A organização voltou a reivindicar das autoridades egípcias a soltura imediata e incondicional de todos os jornalistas e presos políticos no país.
A campanha foi lançada um dia após o Ministério do Interior do Egito negar relatos de imprensa, que viralizaram nas redes sociais, de tortura e assédio contra Magdy, mantida na Penitenciária Feminina de Al-Qanater.
O Egito é criticado reiteradamente por prender jornalistas e opositores, em violação da liberdade de expressão e opinião. Apesar dos testemunhos e evidências, o regime do general Abdel Fattah el-Sisi alega que garantias legais são concedidas aos presos, sem exceção.
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