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Detidos políticos do Egito pedem a Biden para acabar com seu sofrimento

Os réus são vistos durante a sessão de julgamento sumário do julgamento de ‘Incidentes de gabinete’, presidido pelo juiz Nagy Shehata, no Tribunal Criminal do Cairo em Cario, Egito, em 25 de julho de 2017. [Mostafa El Shemy/Agência Anadolu]
Os réus são vistos durante a sessão de julgamento sumário do julgamento de ‘Incidentes de gabinete’, presidido pelo juiz Nagy Shehata, no Tribunal Criminal do Cairo em Cario, Egito, em 25 de julho de 2017. [Mostafa El Shemy/Agência Anadolu]

Dezenas de prisioneiros políticos detidos no Egito pediram ao presidente dos EUA, Joe Biden, que investigue as violações dos direitos humanos no Egito e ponha fim ao sofrimento na prisão.

Em uma carta conjunta, os prisioneiros, que estão em vários centros de detenção, detalharam a tortura que tiveram de suportar durante anos como resultado de sua participação na revolução de janeiro de 2011.

“O regime de [Abdul Fattah] Sisi decidiu vingar-se de todos que ousassem exprimir a sua opinião, rejeitaram o golpe militar, recusaram-se a travar o processo democrático produzido pela Revolução de 25 de janeiro e fecharam as portas ao diálogo com o povo do país”, dizia a carta.

“Pedimos que desempenhe o grande papel que esperamos de você para conosco e que coloque o arquivo dos presos políticos do Egito nas prioridades de seu relacionamento com nosso amado país, esperando que seja um passo no caminho para alcançar a liberdade dos jovens que são leais e amam seu país. Temos acompanhado sua eleição com interesse. Seu sucesso foi um momento de esperança em um tempo sombrio”, falava a carta.

De acordo com vários relatórios de direitos humanos, por mais de sete anos, o Egito vive a pior crise de direitos humanos de sua história moderna, com milhares de oponentes definhando em prisões, a maioria dos quais submetidos a tortura, desaparecimento forçado e negligência médica.

Em dezembro passado, o Guardian citou um relatório suíço de direitos humanos dizendo que o número de pessoas que morreram durante a detenção aumentou em 2020 para 100; elevando o número total de mortes na prisão para mais de 1.000 desde o golpe militar de 2013, devido à tortura e negligência médica.

LEIA: Anistia lança campanha para libertar jornalista presa no Egito

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