Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu acusou os Estados Unidos de estar por trás da tentativa de golpe de estado que fracassou em 2016. Ancara acusa Fethullah Gulen, clérigo islâmico e empresário radicado na Pensilvânia, de planejar o golpe.

Soylu afirmou à imprensa turca que Washington geriu e deu ordens ao golpe, executado pela rede de contatos de Fethullah Gulen.

Em rápida resposta, o Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou a alegação de Soylu como “infundada e irresponsável”.

Washington recusa-se a extraditar Gulen, cujo movimento é designado grupo terrorista por Ancara. O governo do Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan responsabiliza Gulen pela tentativa de golpe, em julho de 2016, que resultou em 251 mortos e milhares de feridos.

Gulen exilou-se nos Estados Unidos em 1999.

A extradição de Gulen representa um dos principais pontos de tensão nas relações entre Estados Unidos e Turquia, aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Outro ponto de atrito é o controverso apoio americano ao grupo curdo Unidades de Proteção Popular (YPG) na Síria, ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), designado terrorista por Turquia, União Europeia, Japão, Austrália e mesmo Estados Unidos.

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