O secretário-geral da União Geral do Trabalho da Tunísia (UGTT), Noureddine Taboubi, um ator proeminente na cena política do país, pediu, na sexta-feira (5), que quatro ministros nomeados pelo primeiro-ministro em uma reforma ministerial renunciem, para encerrar a crise política em curso.
Na semana passada, o parlamento aprovou uma ampla remodelação do gabinete proposta pelo primeiro-ministro Hichem Mechichi, que nomeou 11 ministros, incluindo os ministros do Interior, Justiça e Saúde.
No entanto, o presidente Kais Saied rejeitou o rearranjo, sob o pretexto de que suspeitas de conflitos de interesse cercam alguns dos novos membros do governo. Ele recusou as nomeações dos ministros da Saúde, Energia, Emprego e Esportes.
Saied acrescentou que não recuaria de sua posição, o que agravou a disputa entre os dois chefes do poder executivo.
Os apelos feitos pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, a UGTT, foram vistos como um passo para amenizar a crise política, que adiciona ímpeto a um asfixiante impasse econômico e social em meio a protestos que estão em andamento há quase três semanas, clamando por desenvolvimento e justiça econômica.
Taboubi disse ao Express FM: “Peço aos ministros propostos que estão em desacordo que se retirem e se demitam por causa dos interesses da pátria”.
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