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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Jornal saudita publica escritores israelenses pela primeira vez

Bandeira da Arábia Saudita acena em frente ao consulado saudita, em 6 de novembro de 2018. [Agência Elif Öztürk/Anadolu]
Bandeira da Arábia Saudita acena em frente ao consulado saudita, em 6 de novembro de 2018. [Agência Elif Öztürk/Anadolu]

O jornal em inglês mais lido na Arábia Saudita publicou um artigo de opinião de articulistas israelenses pela primeira vez na sexta-feira (5). O Arab News publicou um artigo de Hay Eytan Cohen Yanarocak e Jonathan Spyer.

O artigo analisou o governo “cada vez mais autoritário” do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o alegado estabelecimento de uma rede de milícia privada composta de combatentes da guerra civil síria. Foi, aparentemente, o resultado de uma pesquisa conjunta com um think tank independente chamado Trends, com sede em Abu Dhabi.

“Seu papel [das milícias privadas sírias] é o de promover o grande plano [de Erdogan] de restabelecer a influência sobre uma região que quase se sobrepõe ao antigo Império Otomano, dos territórios palestinos à Síria e ao Cáucaso até a Caxemira, de acordo com a alguns relatórios”, escreveram Yanarocak e Spyer. “Esses representantes fornecem ao presidente turco uma grande quantidade de mão de obra estrangeira disponível, organizada, treinada, facilmente distribuída e facilmente descartável como uma ferramenta de projeção de poder, que pode ser usada com um grau de negação plausível.”

Eles acrescentaram que o Ocidente deve pressionar Erdogan para acabar com essas práticas “nefastas”. “Isso precisa acabar. Milícias, grupos terroristas e extremismo islâmico são todos elementos que o Oriente Médio deve superar se quiser alcançar estabilidade e reconstrução”, insistiram.

Embora Arábia Saudita e Israel compartilhem um inimigo comum no Irã, Riad até agora se recusou a normalizar os laços com o estado colonial-colonizador de Israel, dizendo que as metas de criação de um Estado palestino devem ser abordadas primeiro. Os EUA vêm pedindo que a Arábia Saudita siga os passos de seus vizinhos e aliados Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que normalizaram os laços no ano passado. Eles foram seguidos pelo Sudão e, mais recentemente, pelo Marrocos.

Os acordos geraram condenação generalizada dos palestinos, que dizem que os chamados “Acordos de Abraão” atropelam seus direitos legítimos.

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