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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Soldados de Israel destroem poços e caravanas na Cisjordânia

Palestinos assistem a demolição de sua casa por forças israelenses, na Cisjordânia ocupada, em 7 de novembro de 2017 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]
Palestinos assistem a demolição de sua casa por forças israelenses, na Cisjordânia ocupada, em 7 de novembro de 2017 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Forças da ocupação israelense destruíram um poço artesiano e duas caravanas nos territórios palestinos ocupados, segundo informações da agência de notícias Wafa.

Segundo Marzouk Abu Naim, chefe do conselho da aldeia de Al-Mughayyer, a leste de Ramallah, Cisjordânia ocupada, forças do Exército de Israel invadiram o norte do vilarejo e demoliram o poço de um fazendeiro local, utilizado para coletar água e irrigar suas terras.

Os soldados destruíram ainda dois outros poços do mesmo fazendeiro há alguns meses, sob pretexto de falta de alvará para construí-los.

A ocupação militar de Israel continua a roubar águas da Cisjordânia e impedir o acesso palestino a meios de subsistência, à medida que aumenta o controle ilegal sobre os recursos hídricos da região por assentamentos coloniais exclusivamente judaicos.

Em novembro de 1967, autoridades israelenses emitiram a Ordem Militar n° 158, que determina que os palestinos não podem construir novas instalações hídricas sem obter primeiro autorização da ocupação sionista.

A Anistia Internacional reitera que é quase impossível aos palestinos obterem tais alvarás.

“Os palestinos que vivem sob ocupação militar de Israel continuam a sofrer os efeitos devastadores dessa ordem, até hoje. Não podem cavar novos poços, instalar bombas hidráulicas ou melhorar postos existentes”, denunciou a organização humanitária.

“Além disso, é negado aos palestinos o acesso ao Rio Jordão”, prosseguiu. “Ao restringir o acesso à água, Israel efetivamente desenvolveu sua própria infraestrutura na Cisjordânia, para uso de seus cidadãos em Israel e seus assentamentos, ilegais segundo a lei internacional”.

Soldados israelenses também destruíram duas caravanas na aldeia de Khirbet Yarza, a leste da cidade ocupada de Tubas, utilizadas como residência por dois irmãos palestinos.

LEIA: Exército de Israel derruba estruturas residenciais palestinas na Cisjordânia ocupada

Mutaz Bisharat, oficial da província de Tubas, relatou à Wafa, que uma agência internacional forneceu o material para instalar as caravanas como abrigo aos irmãos, após suas casas serem demolidas por Israel, em setembro, por suposta falta de alvarás de construção.

O restritivo regime de planejamento aplicado pela ocupação israelense torna quase impossível aos palestinos que obtenham as licenças exigidas, sobretudo na chamada Área C, imposta sob pleno controle militar e administrativo de Israel conforme os Acordos de Oslo.

A política de apartheid e demolições sistemáticas impede o desenvolvimento de habitação adequada, infraestrutura e meios de subsistência à população nativa palestina.

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