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Egito constrói muro em torno de balneário no Sinal para encorajar o turismo

Camelos utilizados por turistas no distrito comercial histórico de Sharm El Sheikh, no Egito, 3 de abril de 2016 [Chris McGrath/Getty Images]
Camelos utilizados por turistas no distrito comercial histórico de Sharm El Sheikh, no Egito, 3 de abril de 2016 [Chris McGrath/Getty Images]

O governo do Egito alegou que uma barreira de concreto e arame farpado recém construída, com três quilômetros de extensão, em torno da cidade de Sharm El-Sheikh, ajudará a proteger o turismo no balneário do Mar Vermelho, situado no extremo sul da Península do Sinai.

As informações são da agência Reuters.

Autoridades do Sinai do Sul esperam revitalizar o turismo local, abalado por uma série de incidentes na última década: a Revolução Egípcia, em 2011; o subsequente golpe militar, em 2013; a queda de um jato com passageiros russos, em 2015; e a pandemia de covid-19.

Ainda antes, em 2005, atentados a bomba em Sharm El-Sheikh mataram dezenas de pessoas, em um dos mais mortais ataques de grupos paramilitares no país.

A barreira de segurança é feita de chapas de concreto com faixas de arame farpado que separam a estância turística do deserto ao seu redor. Algumas chapas são marcadas com símbolos da paz, pintados em tinta preta.

Quem entra na cidade por terra tem de atravessar um dos quatro portões equipados com câmeras de segurança e outros equipamentos.

Sharm El-Sheikh fica a aproximadamente 360 km da costa mediterrânea, no norte do Sinai, onde o governo alega combater terroristas. Grupos de direitos humanos, contudo, denunciam uma campanha de execução sumária contra opositores do regime, na região.

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“A distância é enorme e há grande segurança devido à patrulha do 2° Exército do Egito no norte da península e do 3° Exército do Egito na região sul”, declarou o Governador do Sinai do Sul Khaled Fouda a repórteres, durante turnê pela área neste fim de semana.

“Todos serão revistados, identificados por câmeras de segurança e vigiados por veículos de segurança, logo ao chegar na cidade”, detalhou Fouda.

Um museu de artefatos antigos foi aberto em Sharm El-Sheikh em 2020, a fim de diversificar o turismo no balneário costeiro. Uma universidade cujo nome homenageia o Rei Salman da Arábia Saudita também foi aberta recentemente na cidade.

Antes da pandemia de coronavírus, Sharm El-Sheikh costumava sediar fóruns internacionais com presença do general e presidente Abdel Fattah Al-Sisi, que chegou ao poder via golpe militar, ao depor o primeiro presidente democraticamente eleito no país.

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