Cidadãos sauditas se mobilizaram nas redes sociais para protestar contra a suspensão do pagamento de salários e aumento nos preços no país árabe.
Os sauditas utilizaram a hashtag “Salário não basta”, que originou-se em 2013, para criticar as políticas internacionais e econômicas da monarquia, além de gastos extravagantes, ao denunciar a elite real por “devorar a riqueza do país e esbanjá-la em festas, absurdos, itens particulares e guerras arrogantes”.
Os usuários das redes sociais condenaram a guerra travada pela Arábia Saudita no Iêmen, ao destacar que, logo no início de fevereiro, o regime depositou US$2 bilhões no Banco Central iemenita, recursos que poderiam beneficiar o povo saudita em lugar do conflito.
Os sauditas repudiaram também enormes gastos em itens privados, como a compra de um iate de US$500 milhões, uma pintura de US$450 milhões e um palácio na França de US$300 milhões por Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato do país.
Turki al-Sheikh, presidente da Autoridade de Entretenimento Saudita, foi acusado de oferecer presentes onerosos a artistas. Tais itens, argumentaram os usuários das redes sociais, pertencem ao povo, foram expropriados pela família real e desperdiçados, à medida que a população é forçada a viver na pobreza.
A mobilização online reivindica o aumento dos salários em proporção com a inflação, carestia e aumento nos impostos, além de políticas voltadas a garantir trabalho aos desempregados.
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