Pentágono renuncia à responsabilidade por campos de petróleo na Síria

Regime de Assad é acusado de cooperar com o grupo terrorista Daesh sobre petróleo, gás natural e recursos energético [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

As tropas dos Estados Unidos na Síria não são mais responsáveis por proteger os campos de petróleo no país assolado pela guerra, anunciou John Kirby, porta-voz do Pentágono, na última segunda-feira (8).

“Nosso único dever é combater os remanescentes do Estado Islâmico [Daesh]”, alegou Kirby.

Há 900 oficiais e contratados pelo exército americano no nordeste da Síria, mas Kirby reiterou que não estão autorizados a fornecer assistência a qualquer empresa privada – “inclusive a empregados ou agentes, que buscam desenvolver recursos de petróleo no país”.

Regime de Assad é acusado de cooperar com o grupo terrorista Daesh sobre petróleo, gás natural e recursos energético [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

“É importante lembrar que nossa missão em campo ainda é permitir a derrota duradoura do Daesh”, declarou Kirby aos jornalistas.

A vasta maioria dos campos de petróleo no leste e nordeste da Síria são controlados hoje pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), coalizão da oposição ao regime de Bashar al-Assad, que recebe apoio dos Estados Unidos para combater o Daesh.

Em 2020, denúncias surgiram de que o governo do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ajudou a empresa de petróleo americana Delta Crescent Energy a assegurar um contrato exclusivo para comercializar o petróleo dos campos sírios.

Além disso, Trump concedeu à empresa isenção especial das sanções de Washington contra a ditadura de Bashar.

Em 2019, Trump voltou atrás em sua promessa de retirar todas as forças americanas do nordeste da Síria, ao anunciar expressamente que manteria algumas centenas de soldados na região para “proteger o petróleo”.

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