Investimento dos Emirados Árabes no clube de futebol israelense foi ‘congelado’

Fãs do Beitar Jerusalem Football Club agitam a bandeira do time durante um treino em Jerusalém, em 11 de dezembro de 2020. [Amir Levy/Getty Images]

Os planos de um membro da família governante de Abu Dhabi de comprar uma participação de 50% no controverso Beitar Jerusalem Football Club de Israel foram congelados, após relatos questionando as finanças do sheikh, conforme anunciado ontem (11). O sheikh Hamad Bin Khalifa Al-Nahyan fez o acordo em dezembro com o clube, cujos torcedores são notoriamente racistas e antiárabes.

“Beitar confirmou que pediu oficialmente a retirada de seu pedido [ao Comitê de Transferência da Associação Israelense de Futebol] para aprovar o negócio, mas insistiu que a venda acaba de ser adiada, não cancelada totalmente”, relatou a mídia israelense.

Um site de notícias de negócios israelense, The Marker, relatou no mês passado que uma auditoria das finanças do xeque encomendada pelas autoridades israelenses do futebol revelou várias empresas inativas e discrepâncias financeiras. De acordo com a investigação, o sheikh Hamad supostamente “possui dezenas de firmas inativas e está supostamente ligado a empresários envolvidos em fraude e lavagem de dinheiro”.

O comunicado do clube acrescentou que o proprietário Moshe Hogeg planejava voar para Dubai para consultar o sheikh, mas não pôde viajar devido ao recente fechamento do Aeroporto Ben Gurion de Israel devido às restrições do coronavírus.

O sheikh Hamad havia prometido investir 300 milhões de shekels (US $ 92 milhões) no clube nos próximos 10 anos. Ele comprou o Beitar Jerusalem FC quatro meses depois que os Emirados Árabes, rompendo com décadas de política árabe, concordaram em estabelecer relações com Israel. O movimento de normalização enfureceu palestinos e outros estados e comunidades muçulmanas.

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