Estima-se que 16 milhões de pessoas no Iêmen sofrerão com a fome ao longo deste ano, questão central para qualquer solução da guerra no país, alertou Mark Lowcock, subsecretário para assuntos humanitários da ONU, ao site de notícias Al Jazeera.
Lowcock observou que 50 mil pessoas já vivenciam situação crítica de fome, com risco de morte, enquanto outras cinco milhões de pessoas estão à margem da crise.
Segundo o oficial da ONU, o Iêmen importa hoje 90% de seus alimentos.
Nos últimos dias de seu mandato, o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump decidiu designar o grupo houthi como terrorista, o que potencialmente agravou a crise, pois a maior parte dos alimentos chega ao Iêmen por vias comerciais, à medida que agências humanitárias distribuem vales ou dinheiro para que os residentes possam comer.
O novo governo americano de Joe Biden recentemente reverteu a decisão, sob diversos alertas de que a designação afetaria negativamente milhões de civis, em um país que já sofre com a pior crise humanitária do mundo, segundo as Nações Unidas.
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