Um tribunal administrativo egípcio rejeitou uma ação movida por um advogado conhecido por seu apoio ao governo para revogar a cidadania de réus condenados em casos relacionados ao terrorismo.
Tarek Mahmoud, que entrou com o processo, alegou que, desde 30 de junho de 2013, o grupo da Irmandade Muçulmana lançou uma campanha violenta contra o Egito e seus cidadãos e que o grupo conspirou para derrubar o estado e espalhar o caos. Ele acrescentou que o grupo realizou inúmeras operações terroristas.
A data marca o momento do golpe militar liderado pelo então ministro da Defesa, agora presidente Abdel Fattah Al-Sisi. Al-Sisi destituiu o primeiro presidente eleito democraticamente do Egito, Mohamed Morsi. Morsi veio da Irmandade Muçulmana.
Logo após o golpe, o governo egípcio designou a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista e lançou uma severa repressão contra seus líderes, membros e apoiadores, muitos dos quais estão enfrentando julgamento, em prisão extrajudicial ou autoexilados. A repressão também se estendeu a outros ativistas políticos e dissidentes sem afiliação ao grupo da Irmandade Muçulmana.
As autoridades acusam os oponentes de serem membros do grupo em um esforço para prendê-los, detê-los e desacreditá-los.
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