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Tribunal do Egito rejeita processo para revogar cidadania de oponentes condenados

Manifestantes egípcios estão no quartel-general queimado da Irmandade Muçulmana no distrito de Moqattam, no Cairo, em 1 de julho de 2013. [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]
Manifestantes egípcios estão no quartel-general queimado da Irmandade Muçulmana no distrito de Moqattam, no Cairo, em 1 de julho de 2013. [Khaled Desouki/AFP via Getty Images]

Um tribunal administrativo egípcio rejeitou uma ação movida por um advogado conhecido por seu apoio ao governo para revogar a cidadania de réus condenados em casos relacionados ao terrorismo.

Tarek Mahmoud, que entrou com o processo, alegou que, desde 30 de junho de 2013, o grupo da Irmandade Muçulmana lançou uma campanha violenta contra o Egito e seus cidadãos e que o grupo conspirou para derrubar o estado e espalhar o caos. Ele acrescentou que o grupo realizou inúmeras operações terroristas.

Era Sisi. [Carlos Latuff/Monitor do Oriente Médio]

Era Sisi. [Carlos Latuff/Monitor do Oriente Médio]

A data marca o momento do golpe militar liderado pelo então ministro da Defesa, agora presidente Abdel Fattah Al-Sisi. Al-Sisi destituiu o primeiro presidente eleito democraticamente do Egito, Mohamed Morsi. Morsi veio da Irmandade Muçulmana.

Logo após o golpe, o governo egípcio designou a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista e lançou uma severa repressão contra seus líderes, membros e apoiadores, muitos dos quais estão enfrentando julgamento, em prisão extrajudicial ou autoexilados. A repressão também se estendeu a outros ativistas políticos e dissidentes sem afiliação ao grupo da Irmandade Muçulmana.

As autoridades acusam os oponentes de serem membros do grupo em um esforço para prendê-los, detê-los e desacreditá-los.

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