![Policial israelense supervisiona a ação de despejo contra uma família palestina, no bairro árabe de Silwan, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, em 10 de julho de 2019 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/02/GettyImages-1154893905.jpg?resize=933%2C608&quality=75&strip=all&ssl=1)
Na segunda-feira (15), uma corte israelense em Jerusalém ordenou o despejo de seis famílias palestinas de casas nas quais viveram por quase 70 anos, a fim de dar lugar a colonos judeus.
A ong israelense Peace Now afirmou em nota divulgada ontem (16) que as famílias de Jerusalém – isto é, 27 pessoas que habitam quatro casas – foram notificadas da decisão na segunda-feira, com prazo até 2 de maio para vagar o local no bairro de Sheikh Jarrah.
A organização descreveu a decisão da corte como parte de uma campanha coordenada para desapropriar a comunidade palestina e instituir um distrito exclusivamente judaico em Sheikh Jarrah. Centenas de residentes locais enfrentam processos judiciais.
Palestinos do bairro de Batan Al-Hawa, no distrito de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada, também são vítimas da mesma campanha. Na última semana, a Corte de Magistrados de Jerusalém ordenou a expulsão de quatro famílias palestinas locais de suas residências.
LEIA: Palestina denuncia política de judaização forçada de Jerusalém Oriental
No total, 36 famílias palestinas foram despejadas desde o início do ano, equivalente a 165 pessoas desabrigadas.
“Não trata-se de uma história jurídica, mas sim política”, reitera a ong Peace Now. “A corte é apenas a ferramenta pela qual os colonos, com assistência íntima do estado, cometem o crime de deslocar toda uma comunidade e substituí-la por um assentamento ilegal”.