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Autoridade eleitoral de Israel recusa-se a desqualificar coalizão árabe

Cidadão registra seu voto durante as eleições gerais israelenses de 9 de abril de 2019, em Tel Aviv [Faiz Abu Rmeleh/Agência Anadolu]
Cidadão registra seu voto durante as eleições gerais israelenses de 9 de abril de 2019, em Tel Aviv [Faiz Abu Rmeleh/Agência Anadolu]

O Comitê Eleitoral Central de Israel negou ontem (17) um pedido para desqualificar a chamada Lista Conjunta, aliança de partidos predominantemente árabes, diante das eleições para o Knesset (parlamento israelense) no próximo mês, segundo a imprensa local.

Antes de analisar as petições contra a Lista Conjunta, o Comitê Eleitoral desqualificou Ibtisam Mara’ana, candidata árabe pelo Partido Trabalhista de Israel, após uma queixa registrada contra ela pelo partido de extrema-direita Otzma Yehudit (Poder Judeu).

Mara’ana, cidadã árabe muçulmana do estado sionista, casada com um homem judeu, foi condenada por um comentário feito nas redes sociais em 2012, pelo qual já se desculpou.

A medida é contrária ao parecer emitido pelo Procurador Geral Avichai Mandelblit, que argumentou que seus comentários não justificam cassar a candidatura.

Em busca do voto palestino perante uma iminente eleição disputada, Shlomo Karhi, político do partido Likud, liderado pelo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, declarou: “Os cidadãos árabes de Israel já sabem que os [partidos] árabes não os representam”.

Prosseguiu: “Os cidadãos árabes de Israel estão cansados daqueles que não se importam com eles e compreendem que o Likud liderado por Netanyahu é o único que mantém a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos israelenses”.

LEIA: Depois de enganar o eleitorado judeu, Netanyahu busca votos árabes

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