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Ernesto Araújo diz que irá ajudar Moçambique no combate ao terrorismo

ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo [ José Cruz/ Agência Brasil]
Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo [ José Cruz/ Agência Brasil]

O Itamaraty afirmou que ajudaria Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado e na luta contra a pandemia de covid-19. Na quinta-feira (11) o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, e a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, fizeram uma reunião virtual à porta fechada, onde classificaram a relação dos dois países como estáveis.

O Itamaraty noticiou o encontro no Twitter, afirmando que conversaram sobre comércio, investimentos, cooperação técnica, segurança e cooperação no combate ao terrorismo.

“O Brasil está pronto a ajudar Moçambique a lutar contra o terrorismo em Cabo Delgado, no norte daquele país. Buscamos também intensificar a cooperação entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) no combate ao terrorismo e ao crime organizado. Os ministros também trataram do fortalecimento do diálogo entre Brasil e a União Africana e discutiram a inserção brasileira nos dinâmicos processos de integração do continente, incluindo a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), atualmente sob a presidência de torno moçambicana.”

Também no Twitter, Ernesto Araújo comentou o encontro sem dar detalhes sobre como o país poderá ajudar Moçambique.

“Ótima conversa hoje com a Chanceler de Moçambique, Verónica Macamo. Estamos empenhados em trabalhar com esse país-irmão na luta contra o terrorismo, no desenvolvimento social e na expansão do comércio. É parte fundamental do nosso engajamento com a CPLP e com toda a África.”

O Diretor para Europa e América no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Santos Álvaro, deu declaração aos jornais locais confirmando que, na reunião, Moçambique apresentou os desafios que estão enfrentando no Norte, devido aos ataques terroristas e no centro do país, pelo surgimento da autoproclamada Junta Militar de Renamo.

“Tudo isto, não só põe em causa a manutenção da paz e ordem no país, como também, até certo ponto, trava o nível de desenvolvimento econômico e social e requer a colaboração de toda a comunidade internacional. O Brasil manifestou total disponibilidade em apoiar Moçambique naquilo que achar apropriado. Para o efeito, deverá haver definição clara do tipo de apoio que Moçambique precisa, através do canal diplomático, trabalhando com nossa embaixada no Brasil, assim como a embaixada brasileira em Maputo, para definição concreta com os órgãos de defesa e segurança, do tipo de apoio que Moçambique precisa nesse domínio para acabar com o terrorismo, que na percepção de Moçambique e do Brasil, é um mal que não tem fronteiras.”, afirmou Álvaro.

O porta-voz também afirmou que o Brasil ajudaria o país africano no combate à pandemia de covid-19. “Neste momento, Brasil é o sétimo país com maior número de população vacinada. Espera-se que a partir de julho comece a produzir vacina internamente. A essa altura, o Brasil estará disposto a partilhar a sua experiência e oferecer a vacina a Moçambique e a membros da CPLP.”

Segundo levantamento do Our World in Data, realizado pela Universidade Oxford, o Brasil está em 3º lugar no ranking dos países que mais vacinaram em números absolutos (com 5,33 milhões de doses), mas em números relativos, o país está em 20º no ranking de vacinação proporcional da população (2,77 doses a cada 100 pessoas). Os dados do site foram atualizados no dia 17 de fevereiro.

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